terça-feira, 31 de maio de 2011

"O verdadeiro sonhador é aquele que sonha o impossível"


"Havia um homem, sufita de Ramataim, na montanha de Efraim. Chamava-se Elcana e era filho de Jeroam, filho de Eliú, filho de Tou, filho de Suf, o efraimita.
Elcana tinha duas mulheres; uma chamava-se Ana e a outra, Fenena. Fenena tinha filhos; Ana, porém, não tinha filhos.
Todos os anos, Elcana subia da sua cidade para adorar e oferecer sacrifícios ao SENHOR dos exércitos, em Silo. Lá eram sacerdotes do SENHOR os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias.
No dia de oferecer o sacrifício, Elcana dava à sua mulher Fenena e a todos os seus filhos e filhas as porções costumeiras.
A Ana, porém, dava uma porção escolhida, pois era a Ana que amava, mas o SENHOR a tinha deixado estéril.
Além disso, sua rival a magoava e atormentava, deixando-a perturbada porque o SENHOR a tornara estéril.
Elcana fazia assim todos os anos, e sempre que subiam à casa do SENHOR, Fenena provocava Ana desse jeito; e Ana chorava e não comia.
Então, Elcana, seu marido, lhe disse: “Ana, por que estás chorando e não te alimentas? E por que se aflige o teu coração? Acaso não sou eu melhor para ti do que dez filhos?”
Depois que em Silo comeram e beberam, Ana levantou-se. O sacerdote Eli estava sentado em sua cadeira, à entrada do santuário do SENHOR.
Ana, cheia de amargura, em profusão de lágrimas, orou ao SENHOR.
Fez a seguinte promessa: “SENHOR dos exércitos, se olhares para a aflição de tua serva e de mim te lembrares, se não te esqueceres da tua escrava e lhe deres um filho homem, eu o oferecerei a ti por toda a vida, e não passará navalha sobre a sua cabeça”.
Como ela se demorasse nas preces diante do SENHOR, Eli observava o movimento de seus lábios.
Ana apenas murmurava: seus lábios se moviam, mas não se ouvia sua voz. Eli julgou que ela estivesse embriagada.
Por isso lhe disse: “Até quando estarás bêbada? Tira essa bebedeira!”
Ana, porém, respondeu: “Não é isso, meu senhor! Sou apenas uma mulher muito infeliz; não bebi vinho nem bebida forte, mas derramei a minha alma na presença do SENHOR.
Não consideres tua serva uma mulher perdida, pois foi por minha excessiva dor e aflição que falei até agora”.
Eli então lhe disse: “Vai em paz, e que o Deus de Israel te conceda o que lhe pediste”.
Ela respondeu: “Que tua serva encontre graça diante dos teus olhos”. E a mulher foi embora, comeu, e seu semblante não era mais triste como antes.
Na manhã seguinte, ela e seu marido levantaram-se muito cedo e adoraram na presença do SENHOR, Depois voltaram para sua casa em Ramá. Elcana uniu-se a Ana, sua mulher.
Ana concebeu e, no devido tempo, deu à luz um filho. Chamou-o Samuel, porque — disse ela — “eu o pedi ao SENHOR”. (I Samuel 1, 1-20)

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